Outubro quente, traz o diabo no ventre.
2 MIN LEITURA"Outubro quente, traz o diabo no ventre." 🍂 O Outono Boreal A origem da designação de “Outono” enquanto fase do ano é discutível. Vem de tempus autumnus, possivelmente “tempo do ocaso.” Contém a ideia do pôr do sol, queda, declínio, ruína...
E se fossemos narrativas em vez de personalidades?
3 MIN LEITURAE se fossemos narrativas em vez de personalidades? E se, em vez de sermos determinada personalidade, assumíssemos que somos várias histórias, múltiplas narrativas, mutáveis e sazonais, cada uma com o seu tom e ritmo? Em vez de “esta é a minha...
Nossa Senhora da Orada
Nossa Senhora da Orada A Linhagem Eco-Mitológica da Montanha O seu corpo é a montanha O seu sangue é o rio O seu espelho é a lua A sua graça é o leite A sua alma e os seus ossos são as pedras A deusa ofídica sem nome Metamorfa E trapaceira Guardiã do submundo E...
Cartografia do livro “O Santuário” – Parte 1
8 MIN DE LEITURA ESTE MAPA (PERCORRIDO EM CORPO E SONHOS, E DESENHADO POR MIM) REPRESENTA O TERRITÓRIO MÍTICO QUE FUNDAMENTOU E TECEU O LIVRO “O SANTUÁRIO – ENSAIOS SOBRE ECO-MITOLOGIA.” Soli Æterno . Lunæ . OkeanusGeo-Oceanografia Sagrada da Finisterræ – Lisboa a...
Que amor te trouxe aqui?
Que amor te trouxe aqui? Pergunto-me enquanto o meu coração bate forte no peito. Que corpo me ancora? Respiro mais devagar. Sem pressa. Todos os dias, todos-os-dias, penso em sair das redes sociais. Redes que me aprisionam, cansam, distraem e consomem. A...
A medicina das daninhas na Ribeira
Todas as semanas procuro visitar a Ribeira, em pontos distintos do seu percurso e em alturas diferentes do dia.
Visitamo-nos mutuamente, eu que vou ao seu encontro e as águas que correm alimentando tudo à volta. As águas reconhecem-me e que devolvem-me pertença e presença.
Este é um ecossistema intoxicado e frágil, muito pressionado pela presença humana, onde as margens são quase inacessíveis por toda a construção em cima do leito. Mas, enquanto tem água, a Ribeira continua a correr pelos esconsos das pedras, pelo caminho já rasgado, teimosamente fluindo e oferecendo Vida. Admiro a sua resiliência e força em nutrir toda a diversidade à sua volta, apesar de toda a negligência, lixo, usurpação e esquecimento da sua sabedoria e presença. Apesar de toda a sujidade, entulho, detritos despejados no seu corpo.
A Ribeira ensina-me todos os dias que a Vida se alimenta no silêncio cantado das pequenas coisas.
As três Senhoras
As três Senhoras Adaptação do conto irlandês das Três Senhoras Verdes; Re-fabulado e escrito para o 1º Encontro de Eco-Mitologia. Ali no topo do monte, no meio das pedras, mesmo à beira da nascente, viviam três Senhoras. Dançavam sob a lua e as estrelas, ondulavam nas...
O Sonho da Velha
3 MINUTOS DE LEITURAO Sonho da Velha O calor do meio-dia adormeceu-a, com a sua pele selvagem e áspera aquecida pelo sol, a avó caiu nos sonhos do mundo, reclamando memórias profundas, recordações da sua longa vida. O devaneio trouxe-a de volta ao tempo em que ainda...
A Última Cabra Brava
2 MINUTOS DE LEITURAA Última Cabra Brava Desde tempos imemoriais que viviam ali, no meio das pedras e dos penhascos. Clãs irrequietos que pululavam pelas serranias, cabriolavam atravessando os abismos e as pedras instáveis de um pulo. Pela sua perícia, mastigavam os...