
Postais Contos Eco-Míticos
Conjunto surpresa de 5 postais Pop-art de Contos Eco-Míticos.
Criei estes postais para me ajudar a atravessar os territórios arcaicos e míticos dos contos portugueses. Ao encomendares, receberás 5 postais A6 diferentes.
TEMPO DE LEITURA – 2 MINUTOS
As Portadoras do Céu
Contam as velhas que, desde que há aldeias, há mulheres de cabeça alta. Não por vaidade, mas porque tudo o que o mundo precisa, elas levam pela cabeça: cestos, pães, cântaros, lenha, sonhos, cantos, água, contos e silêncios.
Dizem que foi a Terra que as ensinou. Quando o chão ficou duro e a água escassa, as mulheres começaram a equilibrar o mundo sobre as cabeças, como se a gravidade fosse também uma oração. Cada passo um rito de escuta, o corpo lembrava o peso e o peso lembrava o laço.
Por isso, quem passa pelas serras ao amanhecer ainda as pode ver, as portadoras do céu, levando o sol num alguidar de barro, a lua num cântaro de cobre e as memórias do tempo nos cestos que se equilibram ao vento e ao caminhar.
Elas sabem que o fardo carrega formas antigas de fertilidade e relação e que nenhum gesto é só humano quando o mundo inteiro dança sobre a cabeça.
Assim seguem, em silêncio, entre ferida e fecundidade, lavando o tempo com os passos, como quem tece um conto eco-mitológico, num corpo-vivo de memória e reconexão com a teia da vida.
–
Texto e postal feitos a partir daqui.

Ciclo de contos de Activismo Eco-Mítico
Contos da minha autoria, de trama eco-mitológica, totémica e animista, inspirado em fragmentos de contos tradicionais.
A ideia deste ciclo de contos é antiga em mim. É outra tentativa de, sem apropriação cultural de histórias que não nos pertencem, tentar transmitir conceitos que a mente moderna tem real dificuldade em habitar, numa sintaxe popular e folclórica. Fabulando contos tradicionais contados desde outros paradigmas de parentesco e cuidado, que podem ser cultivados no húmus da nossa psique colectiva.
Estes contos foram tecidos a partir de artigos que tenho escrito ao longo dos anos, textos que trazem referências fundamentais aos conceitos e paradigmas que ancoram cada conto.
Uma pulsante refabulação do folclore português, refutando as ontologias hierárquicas em favor de teias relacionais, desafiando as noções lineares de tempo e progresso, e reposicionando o saber como uma prática comunitária e incorporada, em vez de uma aquisição individual e abstrata. Lembramos o princípio cíclico de vida, morte e regeneração que a modernidade tentou esquecer. Este projecto faz parte da rede múltipla de experimentações do Activismo Eco-Mítico, e da rede pedagógica de (des)formações.
Outros Contos
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Portadoras do Céu
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O Julgamento dos Vivos e dos Mortos
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A Mulher que se Esqueceu de Voar
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A Deusa que Morre e Volta
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Sete Encantadas Senhoras
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A Ajudante de Dona Loba
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A Aranha Prometida
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A Noiva da Noite
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Canções de Amassar
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O esqueleto totémico e os contos envoltos em micélio
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Os contos como mapas para além da psicologia humana
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A Menina Cabra – Belinda e Benilde
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As três Senhoras
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O Sonho da Velha
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A Última Cabra Brava
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Contos Antigos para os Tempos Modernos
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Abismo Ritual
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A Serpente e a Lua
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