Os Bravos Sentem

Aventuramo-nos a sentir, a angústia, a dor e o medo. Libertamo-nos da ilusão cultural que o controlo emocional equivale a maturidade ou poder.

Permitimos sentir o que há a sentir, o luto, a raiva ou a ansiedade. Relembramos de como estar neste lugar de dura impermanência, num momento absurdamente angustiante.

Não dissociar ou fugir é importante para todos, reconectando e apoiando-nos mutuamente. Nestes momentos todos precisamos de gentileza e validação da dureza do que sentimos e do que vivemos.

É são estarmos nervosos e ansiosos. É válido, real e legitimo sentirmos o coração acelerado ou o estômago apertado. Há quem fuja ou se anestesie para não sentir.

Dissociamos em ilusões de separação, seja pela superioridade ou transcendência. Mas o metabolismo inter-relacional que somos e fazemos parte clama para termos a bravura de sentir. Todas as emoções são bem vindas e é importante reconhecer com carinho a validade de todas elas, abraçar as dores sem julgamento é urgente.

🌳 Vários livros de diversos territórios, lugares de resgate da polimorfa Imanência. 

Peregrinações caleidoscópicas em profundidade, às raízes da identidade moderna, em todos os seus preconceitos, intrínseca violência e absurdas limitações. Diferentes jornadas de amor pela poesia da complexidade, da diversidade e da metamorfose. Tecelagens de histórias vivas que nos recordam do que esquecemos, da sacralidade do chão e da Vida. Complementos ao vício da transcendência, em rigor e responsabilidade.