O Devir da Constante Criação

Como um lugar pensa sobre o futuro?
Como o futuro se torna num sistema complexo paisagístico, na sua multiplicidade cíclica não linear?
Em termos individuais e humanos, o futuro pode ser assustador, distante e fora de nós. Pode ser um lugar inerte ou demasiado vasto.

Então, como um lugar sonha o seu futuro? Na sua expansão e contracção intemporal, como o futuro emerge?

O tempo da paisagem é de uma textura diferente da do tempo humano. Cada lugar tem o seu próprio tempo e ritmo, falando a sua língua de transição. Sempre radicalmente presente e potentemente aberto ao que é. Assim, a natureza está em constante criação, o futuro imerso em emergências presentes, para sempre substanciado em memórias.

Quando a terra sonha, torna-se ela própria, consciência senciente construindo o que é, desde ciclos e ritmos até raízes ou patas. Não há planeamento. Há apenas um devir radical, uma vida enredada e uma criação imanente potente.

O plano é a própria vida, desdobrando-se com todas as possibilidades que surgem das margens. Não há norma ou normal. Há apenas fluxo e contexto.

A terra é destemidamente criativa ao reinventar-se a si própria. Basta olhar para toda a diversidade à sua volta. Não tem medo de erros. Apenas experimenta com possibilidades, uma e outra vez.

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🌳 Vários livros de diversos territórios, lugares de resgate da polimorfa Imanência. 

Peregrinações caleidoscópicas em profundidade, às raízes da identidade moderna, em todos os seus preconceitos, intrínseca violência e absurdas limitações. Diferentes jornadas de amor pela poesia da complexidade, da diversidade e da metamorfose. Tecelagens de histórias vivas que nos recordam do que esquecemos, da sacralidade do chão e da Vida. Complementos ao vício da transcendência, em rigor e responsabilidade.