Tens sede porque te lembras que és feita de oceano

Tens sede porque te lembras que és feita de oceano
De águas fundas que já foram sangue e seiva
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O pó que se prende a tua pele traz memórias erodidas dos ossos dos antepassados e das canções das estrelas
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Procuras o prazer porque a beleza te alimenta e o sublime indizível é uma pele antiga
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As pedras que te seguram contém segredos de milhões de anos que te cantam se te atreveres a sonhar
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Tens fome para te recordar de onde vens. Do chão que te alimenta e que alimentarás um dia
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O vento respira contigo e as árvores lembram-se de te ver crescer.
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Vem
Deixa-te embalar
Aqui na boca do monstro
Sente o seu bafo pútrido
Enquanto te canta as canções mais doces
E adormeces em casa

🌳 Vários livros de diversos territórios, lugares de resgate da polimorfa Imanência. 

Peregrinações caleidoscópicas em profundidade, às raízes da identidade moderna, em todos os seus preconceitos, intrínseca violência e absurdas limitações. Diferentes jornadas de amor pela poesia da complexidade, da diversidade e da metamorfose. Tecelagens de histórias vivas que nos recordam do que esquecemos, da sacralidade do chão e da Vida. Complementos ao vício da transcendência, em rigor e responsabilidade.