Tens sede porque te lembras que és feita de oceano
Tens sede porque te lembras que és feita de oceano
De águas fundas que já foram sangue e seiva
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O pó que se prende a tua pele traz memórias erodidas dos ossos dos antepassados e das canções das estrelas
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Procuras o prazer porque a beleza te alimenta e o sublime indizível é uma pele antiga
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As pedras que te seguram contém segredos de milhões de anos que te cantam se te atreveres a sonhar
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Tens fome para te recordar de onde vens. Do chão que te alimenta e que alimentarás um dia
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O vento respira contigo e as árvores lembram-se de te ver crescer.
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Vem
Deixa-te embalar
Aqui na boca do monstro
Sente o seu bafo pútrido
Enquanto te canta as canções mais doces
E adormeces em casa
