O Poder inato de Transformação e Metamorfose
Um dos enormes desafios modernos é trabalhar segundo o pensamento binário, hierárquico e absolutista. O redutor pensamento binário faz-nos ignorar a delicada e subtil energia selvagem e paradoxal, sendo tão certa como errada.
O absolutismo exige uma (não duas, apenas uma) resposta final absoluta, tendo muita dificuldade em trabalhar com a impermanência, a ambiguidade ou os paradoxos.
Depois temos o insidioso pensamento hierárquico presente em muitos modelos e métodos, como a ideia da escada da consciência, em que à medida que maturamos, subimos e evoluímos. Desta lógica linear conclui-se naturalmente que há consciências mais e menos evoluídas, quer dizer que se estiver num estado específico de maturação da individuação, sou mais evoluído que o outro e posso olhá-lo cima, seja planta, animal ou pessoa.
Isto é perigoso num pluriverso sistémico feito de espontâneas, eternas e porosas transições cíclicas.
Com esta lente limitada perdemos imensa informação, sabedoria e possibilidades de diálogo. Um dos ensinamentos profundos dos lugares está tudo bem até que deixa de estar e quando nos limitamos a uma ideia de identidade fixa exilamos o necessário poder inato de transformação e metamorfose.
Estas transgressões de consciência são como respirar, expandindo e contraindo, em processos orgânicos, vivos e profundamente relacionais.
🌳 Vários livros de diversos territórios, lugares de resgate da polimorfa Imanência.
Peregrinações caleidoscópicas em profundidade, às raízes da identidade moderna, em todos os seus preconceitos, intrínseca violência e absurdas limitações. Diferentes jornadas de amor pela poesia da complexidade, da diversidade e da metamorfose. Tecelagens de histórias vivas que nos recordam do que esquecemos, da sacralidade do chão e da Vida. Complementos ao vício da transcendência, em rigor e responsabilidade.