Aos longo destes quase vinte anos também resgatei partes de mim que tinham ficado para trás, partes que fazem parte da minha integridade e responsabilidade.
👉 Recordei que a sabedoria não é cumulativa, mas uma metamorfose viva e primal. Aprender é multidimensional e multidirecional.
👉 Relembrei que não são as técnicas, modelos ou receitas que nos que dão “as soluções”, mas a própria devoção à Vida.
👉 Se não transformamos é porque não estamos realmente a aprender. Encontra aqui o ciclo de desaprendizagem.
👉 Aprendi que aprender é uma rede dinâmica de percursos que desafiam os nossos lugares-comuns e que falhar não é opcional.
👉 Esta peregrinação trouxe-me ao precioso lugar do reconhecimento de que a aprendizagem não é nem individual, nem apenas humana, mas relacional, contextual e comunitária e em integridade profunda com a ecologia que nos circunda.
Então, sim, deixei de dar formação, e muitos menos certificados de “auto-desenvolvimento” ou “espiritualidade”.
❤️ Dedico-me sim à (des)formação e desformatação, num caminho devocional e orgânico de voltar em imanência e de diálogo mais que humano. Em responsabilidade profunda bailamos pela metamorfose que é a Vida em todas as suas cambiantes e acedemos aos seus lugares mais fundos, potentes e frágeis.
❤️ (Des)formamos para que nos encontremos de novo. Formamos chão.
Atenção que este é um território vivo e mítico e paradoxal e animista e complexo e mamífero e visceral e de afectos e de relação com o não-humano
As redes pedagógicas destas (des)formações tecem ciclos e caminhos meândricos alternativos ao grão normativo da cultura onde nos encontramos. Pedem tanto compromisso e disponibilidade, como carinho e suavidade – em ritmos de actividade e descanso.
Se não conheces o meu trabalho e nunca leste nenhuma publicação ou livros listados, por favor contacta-me antes de te inscreveres.
Porque aqui não procuramos soluções não seguimos linhas, mas redes não é sobre nós resistimos em revolução de luto e amor tecemos jornadas colectivas de responsabilidade e reciprocidade
Agenda. Encontramo-nos? ❤️
EDT - Introdução à Ecopsicologia – Novembro 2024
Início: 26 Nov, 2024 - Fim: 4 Mar, 2025 Horário: 18:30 Localização: Online
Esta Formação em Ecopsicologia, online durante 14 semanas, junta a ecologia e a psicologia, seguindo as linhas da educação profunda e aprendizagem transformativa onde se fazem perguntas que nos ajudam a encontrar novos caminhos de presença e de acção na vida.
Esta perspectiva da Ecopsicologia é um caminho bravio, com urtigas, silvas e chão bem inclinado, cheio de raízes e pedregulhos. Bravos os que se aventuram e bravos o que ficam. É uma entrega à vida em todas as suas cambiantes ❤️ Não faz parte da narrativa rápida, solucionista ou universal, ao cortar fundo nas expectativas e sombras modernas. Caminhamos num território mítico e profundamente contextual. Uma (des)formação para disseminar estas sementes de devoção à Vida.
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Para se inscrever nesta formação é altamente recomendada a leitura de alguns dos livros da autora, tais como O Santuário, Pequeno Livro da Imanência e {cadernos de Oikos-Psykhē}
2ªEDIÇÃO! (des)formação - Eco-Mitologia com Sofia Batalha
Início: 7 OUT, 2024 - Fim: 2 DEZ, 2024 Horário: 18:30 - 20:00 Localização: Online
Uma (des)formação totalmente ‘online’ ao longo de 9 semanas.
Segundas das 18.30h às 20h: 7, 14, 21, 28 de Outubro, 4, 11, 18 e 25 de Novembro, 2 de Dezembro.
Partimos de um chão profundo e animista, voltando à primeva senciência das estrelas, montanhas, árvores e águas, a consciência ecológica e cósmica que tece mitos e fertiliza sonhos. Contamos histórias de cheiros e texturas, contos de cores e sabores, narramos o vento e a temperatura. Cartografamos a pertença, enquanto monstros híbridos nos olham de volta.
Encontramos uma liberdade profunda na fractura de quem achávamos sermos, ao encontrar talismãs, elixires e encantos ancestrais, de sopro e toque, de memória e emergência. Re-escrevemo-nos enquanto o chão treme.
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Para se inscrever nesta formação é altamente recomendada a leitura de alguns dos livros da autora, tais como O Santuário, Contos da Serpente e da Lua, Um Lugar Feliz, Siduri e Orada.
Testemunhos Depoimentos de Sustento Palavras de Apoio Declarações de Suporte
Susana Cravo
Fundadora Kutsaka
O trabalho da Sofia é único e essencial para os tempos que vivemos. A Sofia é para mim a única em Portugal e das poucas dos Autores que sigo, que com muita sabedoria, nos ajuda a resgatar e “mapear” património esquecido, negligenciado e mutilado.
Reconheço-lhe ainda a coragem para este sacro-ofício, que não é glamoroso nem atrativo, quer para a indústria do desenvolvimento pessoal, quer para a cultura de progresso e “bem-estar.
Que possamos continuar a contar com o precioso contributo dela, que nos ajuda a navegar com maior entrega e robustez pela complexidade e turbulência.
Jacqueline Kurios
PhD
Sofia convida-nos, a nós modernos, a reconsiderar a nossa relação com a paisagem viva. O convite é um gesto profundo de recuperação da alma, pois as ideologias de negação subjacentes à modernidade não dão crédito a tais histórias; não há visão, afeto ou possibilidade de participação com o mundo não humano ou com as dimensões espirituais que unem todos os mundos. As nossas almas anseiam por percorrer conscientemente as intrincadas teias de relações intersubjectivas que tecem a coerência a partir do caos, enquanto à nossa volta lateja uma ânsia mútua de atenção e vivacidade. Estas histórias estão enraizadas aqui.
Fabrice DuBosc
Psicanalista, Autor, Tradutor, Estudos de migração, Investigador de undecommons em psiquiatria de-colonial. Itália
Sofia Batallha escreve com uma dor tão urgente, furiosa e terna pelo estado do planeta, compostando e transmutando velhas cartografias onde os monstros híbridos fazem sentido. A autora reelabora o mito para traçar caminhos metabólicos sensuais de solidariedade na incerteza da nossa situação. A sua solidariedade sensorial com as convulsões da Terra e a metacrise das capacidades humanas é um contributo precioso para o Santuário de narrativas emergentes que podem oferecer sabedoria e culturas alargadas às gerações futuras no fim do mundo tal como o conhecemos. Um santuário de parentesco transcontextual – em sintonia fina com a pluralidade animada da narração de histórias.
Patrícia Rosa-Mendes
Terapeuta Transpessoal, Instrutora de Meditação, Formadora da EDT - Escola Transpessoal. Autora do livro A Espera da Loba, A Menopausa como Portal Iniciatório. Portugal
Vivemos numa era de perda incomensurável, a tantos níveis; uma era em que a Vida está profundamente ameaçada na sua diversidade. Todos os que habitam esta Terra-Casa, todos os seres, em todos os reinos, nas suas miríades de formas, estão subitamente tão frágeis, ameaçados pela doença que tem vindo a infetar os seres humanos, cegando-os com arrogância e ignorância. Os contornos desta era são míticos e as suas consequências são épicas. Sofia desperta-nos para este mistério que nos tem passado despercebido, mas que nos é tão familiar. Uma história nunca é apenas uma história, e uma paisagem não é uma paisagem de todo. Aprender com a Sofia é descer à terra e ganhar outra perspetiva; olhar para dentro e encontrar o cosmos; desdobrar-se, expandir-se, espalhar-se e entregar-se à Vida.
Melinda Reidinger
Ph.D., autora de The White Deer: Ecospirituality and the Mythic (RITONA, 2023). EUA
A prosa é poesia; a poesia é filosofia; a investigação é oração (e vice-versa) – e todo o “livro-amuleto” é um encantamento que nos convida a recordar o que perdemos e o que ainda podemos encontrar quando suavizamos as nossas identidades na terra, na água e no céu. Batalha recorda-nos que a nossa psique é fractal e que a imanência se encontra nos verbos – que desdobram incessantemente as suas acções numa profusão complexa – e convida-nos a regressar a um mundo que sempre foi nosso e no qual podemos participar na dança.
Samuel F. Pimenta
Escritor e Activista
Já o fiz noutras ocasiões e gostaria de o reforçar: o trabalho que a Sofia Batalha desenvolve é das coisas mais valiosas com que me cruzei nos últimos anos, partindo do que há de mais ancestral na cultura portuguesa, colocando-o em diálogo com outros pensadores e pensadoras internacionais e dando pistas de como criarmos alternativas ao sistema necro-capitalista que se impôs sobre nós. Para mim, é das pensadoras portuguesas fundamentais deste tempo em que vivemos, pela coragem das perguntas que faz e pela interseccionalidade com que aborda todas as questões que levanta. Mas deixo o aviso: se vão à procura do pensamento racional cartesiano – que apesar de ter o seu lugar, se tornou tão dominante que nos sufoca -, não é isso que vão encontrar. A proposta da Sofia é outra. E ela faz jus ao nome que tem.
Pegi Eyers
Autora de Ancient Spirit Rising: Reclaiming Your Roots & Restoring Earth Community, www.stonecirclepress.com, Canadá
Recuperar o nosso eco-self é o trabalho mais importante do nosso tempo, e libertarmo-nos da psique moderna dissociada é essencial. Com a sua prosa brilhante, a sua erudição e a sua mitopoética, Sofia Batalha tem sido um dos nossos principais guias neste processo.
Sofia descreve a amnésia e a disfunção da colonialidade em grande pormenor e, ao colocar em primeiro plano as histórias e paisagens sagradas de Portugal, descobre os “frágeis fragmentos remanescentes de uma psique europeia responsável e recíproca”. Em síntese com formas antigas de conhecimento e metodologias indígenas em todo o mundo, Sofia introduz modalidades novas/antigas para viver, tais como a “fenda da psykhē mítica”, a “emergência do corpo presente” e o “portal da terra sagrada”.
Carolina Mandrágora
Sensitive Artist & Illustrator
Encontro poucas pessoas que sejam uma referência para mim na maneira como caminham e comunicam com físico e metafísico. A Sofia para mim é uma delas, e a gratificação é que é portuguesa e é altamente acessível e humana. Do que leio, do que estudei, do que criamos juntas, do que conheço e testemunho, a sua humildade em questionar, desconstruir e sonhar, é inspiradora. Todos os temas que levanta são altamente relevantes e revolucionários. Não nos oferece fórmulas mágicas, mas aponta-nos por caminhos antigos, muitos deles silvosos e escuros, pouco caminhados por humanos contemporâneos, mas que são iniciáticos e regenerativos da terra e do coração. Não poderia aconselhar mais o trabalho desta Mulher.
Obrigada Sofia por tanto e por tudo.
🌳 Vários livros de diversos territórios, lugares de resgate da polimorfa Imanência.
Peregrinações caleidoscópicas em profundidade, às raízes da identidade moderna, em todos os seus preconceitos, intrínseca violência e absurdas limitações. Diferentes jornadas de amor pela poesia da complexidade, da diversidade e da metamorfose. Tecelagens de histórias vivas que nos recordam do que esquecemos, da sacralidade do chão e da Vida. Complementos ao vício da transcendência, em rigor e responsabilidade.