Não sou marca ou produto
Recuso-me a ser marca ou produto
Apesar de viver no paradoxo das ferramentas que hoje nos inundam
Da redes virtuais onde nos partilhamos e que nos pervertem e superficializam
Mas não sou mercadoria
O caleidoscópio da minha vida
Em todos os seus monstros, sombras, talentos e alegrias
Não é objecto
Não é marca para vender
Recuso-me a ser produto
Não sou uma “brand”
Sou pessoa
Com defeitos
Com vícios
E sonhos
Como todos os seres partilho-me
Emaranho-me
Devolvendo-me à Vida
Mas os meus talentos e sombras não são mercadoria
Nem os teus ❤
Sempre fomos muito mais do que o individualismo permite
Trilho caminho fora das afiliações e instituições, com toda a incerteza e inconstância que isso traz. Não pretendo de todo trazer aqui a ideia de algo romântico ou de um lugar inspirador e sem nódoas. A utilização das plataformas virtuais é necessariamente demente em muitas camadas, assim como instrumental e utilitária para partilhar também voz e trabalho. Sendo que a redução de uma pessoa a uma “brand” é, para mim, a incorporação de uma perversão cultural bem preocupante. Não tenho soluções, só me recuso a ser reduzida produto ou marca. Na tentativa e exigência de “ser marca” extinguimos a vida. Assustador. Apesar dos desafios das contas para pagar, que nos possamos manter dignos de quem somos ❤ em todas as partes inspiradas e também nas incompletas. Que sejamos pessoas apenas ❤
🌳 Vários livros de diversos territórios, lugares de resgate da polimorfa Imanência.
Peregrinações caleidoscópicas em profundidade, às raízes da identidade moderna, em todos os seus preconceitos, intrínseca violência e absurdas limitações. Diferentes jornadas de amor pela poesia da complexidade, da diversidade e da metamorfose. Tecelagens de histórias vivas que nos recordam do que esquecemos, da sacralidade do chão e da Vida. Complementos ao vício da transcendência, em rigor e responsabilidade.