“Eu-Ninho”

🪺🪹 E se fossemos ninhos aninhados uns nos outros? Entrançados pela vida e assentes em relações fundas?

🪺🪹 E se, cada “eu-ninho” for entrelaçado com todos os outros e com o ar, água e vento, com as árvores, galhos e folhas, não esquecendo os escaravelhos, pulgões, lagartas, esquilos ou borboletas.

🪺🪹 Cada galho e pêlo que tecem o nosso “eu-ninho” conjuram uma fronteira porosa, definindo um espaço singular, nunca isolado ou separado, mas em constante respirar conjunto; adaptando a trama, movendo a pele, a cada novo ritmo. Desfazemo-nos e refazemo-nos constantemente. Lançamos e deslaçamos os nós e a malha do nosso “eu-ninho”. 

🪺🪹 Cada ovo no “eu-ninho”, uma memória, uma possibilidade, uma semente, uma promessa. Mas também diferentes histórias e formas de lembrar o futuro. Cada ovo, uma característica, uma vontade, uma hipótese.

Como referido no livro How To Live In A Chaotic Climate – 10 Steps To Reconnect With Ourselves, Our Communities, And Our Planet de LaUra Schmidt com Aimee Lewis Reau & Chelsie Rivera: “(…) sejamos claros: quando dizemos trabalho interior, não estamos a falar de tretas de auto-aperfeiçoamento que dizem que precisas de te “arranjar”. Tu não estás partido.” Não precisamos de ser corrigidos. Simplesmente, como toda a gente, temos algum trabalho a fazer.

🌳 Vários livros de diversos territórios, lugares de resgate da polimorfa Imanência. 

Peregrinações caleidoscópicas em profundidade, às raízes da identidade moderna, em todos os seus preconceitos, intrínseca violência e absurdas limitações. Diferentes jornadas de amor pela poesia da complexidade, da diversidade e da metamorfose. Tecelagens de histórias vivas que nos recordam do que esquecemos, da sacralidade do chão e da Vida. Complementos ao vício da transcendência, em rigor e responsabilidade.