
Em nome das perdas irreparáveis
Do que se perde e não se substitui
Do que se corta e não volta a crescer
Do que morre e deixa vazio
Fundo
Do que se rompe sem ser reparado
Do que se rasga sem poder ser cosido de novo
Não volta a pulsar
Das coisas que perdemos e que se perderam de nós
Hospedar a perda não é fracasso
Abrigar a saudade e o luto é o antídoto da ausência
Dos mundos que perdemos
Das relações extintas
As memórias são ecos do irrecuperável
Honrar o irreparável é sagrar a vida
Acolher o que nos atravessa
Sem pressa de substituir ou silenciar
Atender ao perdido
Com a sabedoria da ternura
Abre teias de abraço e cose-nos de volta
Não silenciar as perdas irreversíveis é a sabedoria da impermanência.

🌳 Vários livros de diversos territórios, lugares de resgate da polimorfa Imanência.
Peregrinações caleidoscópicas em profundidade, às raízes da identidade moderna, em todos os seus preconceitos, intrínseca violência e absurdas limitações. Diferentes jornadas de amor pela poesia da complexidade, da diversidade e da metamorfose. Tecelagens de histórias vivas que nos recordam do que esquecemos, da sacralidade do chão e da Vida. Complementos ao vício da transcendência, em rigor e responsabilidade.