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Nossa Senhora da Orada
A Linhagem Eco-Mitológica da Montanha
O seu corpo é a montanha
O seu sangue é o rio
O seu espelho é a lua
A sua graça é o leite
A sua alma e os seus ossos são as pedras
A deusa ofídica sem nome
Metamorfa
E trapaceira
Guardiã do submundo
E protectora dos limiares
O chão treme
As pedras ouvem
Os pássaros cantam
“Lembramo-nos de ti, ó deusa limiar da metamorfose”
Primeiro, uma oração, depois uma libação e finalmente uma oferenda. Para falar da Senhora da Orada precisamos de mergulhar fundo na devoção primal e na memória do corpo mineral, sem temer o abismo evanescente. Os fios do coração que vamos tecer são frágeis e antigos, pois vamo-nos aventurar além da tradução recente destas poderosas forças naturais e selvagens. A adaptação cristã contemporânea, aprisionou esse ser fractal numa forma antropocêntrica, estática e cristalizada da Virgem Maria.
Através desta jornada comunitária, recuperaremos a força imanente e os corpos sazonais geomórficos destes diversos seres primevos, pois estamos a abrir rotas antigas em direção ao mito, lugar e ecologia. O horizonte desta peregrinação não é acima, mas abaixo, em direcção ao submundo, o lugar dos antepassados; não é um horizonte antropocêntrico ou antropomórfico, mas mais-que-humano, geológico e em constante mudança de forma. Esta é uma jornada, de investigação-oração, que revela e recorda os seres quiméricos como forças vivas e eco-mitológicas.
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