Lançamento dia 20 de Setembro

na Casa do Jardim da Estrela às 19h

Mistura de ensaio crítico, lamento, ritual e invocação mítica, numa descida poética e crua de uma deusa mutante pelas sete camadas da contaminação, onde o corpo feminino de meia-idade se torna altar e denúncia.

Este livro começa com uma árvore caída e uma avó cega que bordava sem ver, estendendo uma toalha com nódoas numa mesa posta com tóxicos, memórias e mitos feridos. Afinal, o fim do mundo tem cheiro a barro e pão azedo.

Aqui, a carne e os ossos são territórios feridos, a loucura é linguagem da Terra e os venenos não são metáforas. Este é o território onde a dor não é falha individual, mas sintoma de um mundo intoxicado, pois o corpo é ecossistema, o colapso é travessia e a loucura é linguagem relacional. É uma peregrinação de denúncia aos pactos silenciosos da normalidade. Não é sobre bem-estar, mas sobre desobedecer com o corpo.

Se trazes feridas Senta-te A mesa está posta.

Lançamento dia 20 de Setembro

na Casa do Jardim da Estrela às 19h

O Dia a Seguir da Tempestade

Ecologia da Loucura e do Luto, Corpo Contaminado, Mitologia e o Feminino do Fim dos Mundos

Prefácio de Telma Laurentino

Edições Corpo-Lugar

Se procuras respostas fáceis, este livro não é para ti.

Se vens em busca de certezas, prepara-te para o abalo.

Um livro para quem se atreve a escutar o que apodrece, sem pressa de florescer.

A Autora do Livro

Sofia cultiva uma prática ética centrada na escuta sensível, co-regulação ecológica e implicação radical com a vida. Não oferece soluções rápidas ou receitas universais. Em vez disso, convida a entrar no território do paradoxo, do luto, da beleza selvagem e da responsabilidade amorosa com o mundo. O seu trabalho atual contribui para o crescente campo de pedagogias relacionais, eco-mitologia e ecopsicologia meta-relacional, envolvendo-se em conversas globais em curso sobre literacia do luto, responsabilidade multiespécies e reparação relacional no contexto da ruptura moderna/colonial.

A Autora do Prefácio

Telma é cientista, comunicadora e educadora.

Como investigadora e bióloga evolucionista, estuda como as espécies evoluem e se adaptam às mudanças ambientais. Como escritora e educadora, concentro-me em questões socioecológicas sistémicas e em como elas moldam a nossa relação uns com os outros e com a natureza.

Autora do livro “A love letter FROM THE FOREST to you, through me.”

Os Capítulos

  • A Mesa no Olho da Tempestade – Grito-oração que nos convida a sentar numa mesa em pleno colapso, onde o íntimo e o coletivo se entrelaçam na tempestade contemporânea.
  • Pôr a Mesa – Um ritual de escuta e responsabilidade situada, onde a mesa se torna um espaço relacional entre tempos, mundos e feridas.
  • O Dia a seguir da Tempestade – Reflexão que abre trilhos sobre o que sobra, o que muda e o que insiste após o embate com a tempestade, num tempo suspenso entre luto e reconstrução.
  • O Pulsar das Entranhas – Sobre a ética sensível do corpo como lugar de escuta profunda, onde os sinais de transformação vêm das vísceras e do sentir incorporado.
  • A Idade do Meio – Corpo e tempo de travessia em maturação, onde a linearidade cronológica é abandonada a favor de uma sabedoria emaranhada.
  • Da Loucura como Metáfora à Loucura Vivida – Um mergulho íntimo e político na experiência da loucura, desconstruindo narrativas normativas e celebrando a sua potência fecunda e desestabilizadora.
  • Na Boca do Monstro – Reconhecimento do mito e da monstruosidade como parte da travessia, onde o confronto com o desconhecido gera alquimia de sentido.
  • O Teu Nome no Barro – Uma deusa que nos prepara para o mergulho, evocando a sabedoria mítica como guia para a jornada submundo adentro.
  • Epílogo – Uma despedida-semente, onde o percurso é deixado ecoar como ritual vivo, para continuar a ser tecido nos corpos que o lêem.

As Edições Corpo-Lugar são um gesto editorial insurgente e sensível, enraizado na escuta do que pulsa nos interstícios da Terra viva, dos corpos em travessia e das palavras que não cabem em manuais.
Não publicamos para instruir ou conquistar, mas para cultivar livros rituais, como oferendas e sussurros que fermentam em compasso lento os colapsos e os cuidados que desafiam a lógica da modernidade.
Cada obra é um lugar de encontro entre mito e matéria, sombra e semente, silêncio e gesto. Convidamos-te a pousar em perguntas, descendo ao húmus e recordando que o lugar mais íntimo é também o mais coletivo, o corpo como território e a palavra como travessia.

{esta é uma editora não oficial e completamente alternativa}

Lançamento dia 20 de Setembro

na Casa do Jardim da Estrela às 19h