As Curas é sempre um tema aguardado com alguma ansiedade nas aulas, ‘workshops’ ou consultas de Feng Shui.
De modo geral, é esperada uma listagem completa de relação directa entre os sintomas (da casa ou do habitante) e as medidas a tomar.
As Curas são, sem dúvida, um aspecto fulcral da grande expectativa que se tem desta antiga arte chinesa. Afinal, todos temos questões concretas que queremos resolver e, à boa maneira ocidental, queremos uma solução simples, prática, rápida e automaticamente eficaz.
Contudo, há que perceber que as “Curas” não são um fim, mas um processo. Não são um sistema fechado, sendo compostas de sugestões relativas e adaptadas aos intervenientes em questão.
O paradoxo das Curas (e dos livros)
Pela minha experiência, se a sugestão do consultor é aparentemente demasiado simples, a tendência é para colocar em causa a sua eficácia. Se, por outro lado, nos parecer demasiado complexa, muitos acabam por não a colocar em prática, com a desculpa do “isto dá muito trabalho”.
Hoje em dia, existem os inúmeros livros de Feng Shui no mercado, cada um com a sua abordagem e, com isso, diferentes diagnósticos de Curas para situações idênticas. É natural que quando seguimos um livro recém-comprado ter dúvidas. Muitas vezes, tentamos seguir as suas “receitas”, mesmo quando são muito genéricas, de modo a tentar trazer uma maior harmonia à nossa casa/vida.
Deixem-me que vos diga a verdade, embora sejam úteis, de modo geral, os livros não contemplam o contexto pessoal.
Ainda que sejam extremamente importantes para expandirmos o nosso conhecimento nesta área, mas podemos encarar os livros de forma demasiado dogmática. Primeiro, porque há diferentes ramos de Feng Shui, depois porque o lado pessoal, tem de ser valorizado.
Feng Shui não é decoração
Contudo, há mais: é preciso esclarecer que Feng Shui não se trata de decoração. Esta abordagem milenar analisa o fluxo de Chi pelos espaços, sendo uma excelente ferramenta de diagnóstico, para perceber de que forma a casa influencia os seus habitantes e vice-versa.
Resumindo quando efectuamos uma consulta, temos de ter em conta inúmeros factores. Tais como:
- número da habitantes
- manifestações físicas na casa
- tipo de vida
- expectativas perante o futuro
- questões familiares existentes
- Entre outros
Cada Cura é diferente
Posto isto, a Cura sugerida para alguém que perdeu o emprego por falta de foco no seu potencial; diferirá da Cura para o habitante da mesma casa, que tenha perdido o emprego devido a factores externos. Os dois podem partilhar a casa, mas terá de haver um processo diferente para cada um e só assim, conseguiremos assegurar que ambos consigam atingir o mesmo fim: encontrar emprego.
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