Escrito por Teresa Borges de Sousa

Quando se fala em Feng Shui fala-se de um leque bastante alargado de práticas e de abordagens aos espaços em que vivemos.

Para uns feng shui pode ser uma base para escolher as cores e os objectos a colocar num espaço em função do que pretende sentir: mais activo para trabalhar, mais tranquilo para descansar ou dormir, mais alegre, comunicativo e receptivo para tomar uma refeição em família.

Para outros feng shui pode significar desenvolvimento pessoal: como é que eu me relaciono com a casa e como é que ela me permite transformar, evoluir, modificar padrões de pensamento e comportamento que já não me servem.
Para outros ainda o feng shui pode ser uma ferramenta para uma vida melhor: interessará escolher as melhores zonas da casa para lá passar mais tempo, as melhores direcções para trabalhar e para dormir, aquelas que vão trazer prosperidade, saúde, bons relacionamentos.

Em última análise feng shui será o estudo da energia que nos alimenta, nos mantém vivos e que absorvemos, a cada momento, nos espaços que frequentamos.

E quando a pergunta é: Este espaço tem bom feng shui?
A ideia será a de fazer uma avaliação da energia da casa independentemente dos habitantes, dos objectos, das cores, da limpeza ou das tralhas. No fundo, será uma caracterização do espaço tendo em conta a sua estrutura bem e a sua inserção no meio ambiente.

O espaço construído nunca é independente do meio que o envolve. Este vai afectar sempre a sua qualidade energética. É a energia exterior, a sua qualidade, a forma como flui e como se acumula em torno da casa que vai alimentar o espaço interior. E este, por sua vez, tendo em conta a forma mais ou menos permeável ao exterior, os seus traços arquitectónicos, a capacidade de retenção da energia que entra e a forma como a energia se vai transformando e fluindo poderá ter melhores ou piores qualidades.

Havendo outras abordagens a esta questão que podem também responder a esta questão, o Estudo da Forma é o estudo ancestral e primordial do feng shui e como tal, indispensável para uma avaliação energética dos espaços.

Texto de Teresa Borges de Sousa.

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