fotoNome: Maria do Carmo Marques

O que te fez interessar por Feng Shui?

Desde muito cedo, 7/8 anos que manifestava uma sensibilidade especial aos locais que frequentava, aos cheiros das roupas (chegava até a imaginar como seria a casa de uma pessoa, apenas pelo cheiro da sua roupa), sentia vontade de vir embora ou ficar mais tempo quando com a minha visitava as amigas dela, em função do “ambiente” que sentia. Era uma criança e não era fácil na minha idade ter com quem partilhar este tipo de sensação, pois as crianças que me rodeavam não se davam conta de nada.
Eu própria achava estranho estas sensações que depois se refletiam até no modo como selecionava os meus amiguinhos. Dava e ainda hoje dou muita importância ao “cheiro” das pessoas e aproximava-me mais ou menos conforme me identificava com esse odor.
Depois de muitos anos apurando mais os meus sentidos e vivências que me forneceram mais uma série de ferramentas, descobri num canal de televisão tipo “Discovery” um programa sobre Feng Shui apresentado por um Mestre Tailandês. Não despeguei! A partir dai tinha descoberto o nome da minha doença e não parei mais de investigar, livros, internet, etc. até chegar ao IMP Lisboa.

Como foste seguindo os passos da formação? O que te fez sentido e o que não?

Durante o processo de formação que desenvolvi durante dois anos no IMP, descobri que tinha entrando num mundo de conhecimento infinito do qual só vislumbrava a ponta do iceberg.
Foi surpreendente descobrir que o Feng Shui afinal estava para além dos nossos sentidos e que se estendia a várias áreas da nossa vida, não só do nosso presente mas também do passado e futuro.
Tudo fazia mais sentido mas ao mesmo tempo muitas questões se levantavam na minha incessante curiosidade.
O Feng shui é uma fonte inesgotável de conhecimento intuitivo e de aplicação bastante abrangente em toda a esfera do mundo humano e não só, já que os animais também têm a sua contribuição e influência neste processo.

De que forma mudou a tua vida?

A minha vida já tinha dado um grande passo de mudança quando iniciei o curso de feng-shui, mas durante esse tempo, tudo ficou mais claro. O caminho a seguir era demasiado evidente, conseguia entender o porquê de inúmeras situações na minha vida e também tinha à minha disposição conhecimento que me permitia intervir no meu caminho e na criação de condições à minha volta.
O Feng Shui não mudou a minha vida, ele continua a mudar a minha vida diariamente.

Queres partilhar alguma história sobre a aplicação do Feng shui na tua vida? O que resultou, o que não resultou?

Está a decorrer na minha vida uma mudança estrutural, que o Feng Shui me permitiu prever e que está ainda está a processar-se neste momento. Incrível como situações aparentemente estáticas se alteraram num ápice e trazem profundas mudanças. Eu própria ainda estou convalida, pois também levei um abanão do qual ainda estou a recompor-me. Tudo isto porque tive que levantar o soalho de toda a minha casa. Já tinha lido e estudado, mas ver acontecer é outra coisa.

Queres deixar algumas palavras para quem se interesse por Feng Shui?

O Feng Shui não se manifesta de fora para dentro, mas sim ao contrário. À medida que vamos estudando, pesquisando e pondo em prática o FS nas nossas vidas e nas dos outros, é de dentro de nós que surgem as interpretações, as estratégias, o processo de harmonização etc.. de uma forma espontânea e clarividente. O Feng Shui é um caminho de auto conhecimento e de abertura ao mundo que nos rodeia num processo reciproco de causalidade.

O que tens incorporado na tua prática pessoal e profissional? (desenho emocional da casa, conceito de espaço emocional, simbologia pessoal, ciclos lunares ou femininos…)

Tenho utlizado sobretudo os meus sentidos para perscrutar o que existe à volta da pessoa e dentro desta. Sempre de modo muito intuitivo claro! A conversa e o tempo são fundamentais para trazer à luz muita coisa. Depois a parte da materialização serve de instrumento mas em segundo plano.